sábado, 5 de abril de 2008

Domingos Meireles concedeu palestra na Academia Mineira de Letras

Domingos Meirelles trabalhava vendendo e consertando máquinas de escrever, por isso circulava muito no prédio do jornal “A última hora”, decidiu então tentar uma oportunidade de trabalho. Ele inicia sua carreira diretamente com a mídia impressa e passa a trabalhar no jornal “A última hora” no Rio de Janeiro. O jornal “A última hora” era um jornal de resistência e fazia denúncias políticas. Era o único jornal que resistia ao golpe de 64, enquanto que o restante não ficava contra e apenas relatava o que estava acontecendo. Por ser um jornal de resistência o “Última hora” sofre uma invasão de um grupo militar que destroem todo o jornal.
Os recém chegados à redação eram avaliados, espiados pelos que já trabalhavam e este era adotado por um profissional mais antigo, mais experiente, mais qualificado, daí surgiu-se os chamados FOCAS. Meireles conta que neste ofício não bastava ser bom, tinha de ter sorte também. Com um ano e sete meses de redação foi convidado a trabalhar na editora Abril. Depois foi convidado a trabalhar na revista “Realidade”, onde fez duas matérias de muito sucesso. “Um cego tira carteira de motorista” e “Quarenta e oito carros roubados no Brasil circulam no Paraguai”.
Domingos Meirelles trabalhou também no Jornal da Tarde, Jornal O Globo, Jornal O Estadão e depois de passar por todos esses veículos impressos é que foi para a televisão. Foi mal recebido pela TV Globo. Participou do Jornal Nacional aos trancos e barrancos e depois foi para o Fantástico, onde foi melhor recebido.
Meirelles teve dois exemplos de leitores de seus livros que o deixaram emocionado, cidadãos simples e humildes que leram o seu livro e que não tinham nem comprado o livro, mas mesmo assim o leram. Um frentista no Rio de Janeiro, que inclusive estava lendo o segundo livro e um funcionário do hotel Eldorado, também no Rio, que foi ao seu quarto pegar sua roupa para passar, leu o livro na biblioteca duas vezes.

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